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Vladimir Putin assinou esta segunda-feira uma lei que formaliza a retirada definitiva da Rússia do Acordo de Gestão e Eliminação de Plutónio com os Estados Unidos, encerrando um pacto de 2000 que previa a eliminação de 34 toneladas de plutónio militar por cada país — material suficiente para 17 mil ogivas nucleares. A lei, aprovada pelo parlamento russo, denuncia formalmente o acordo já suspenso unilateralmente por Moscovo em 2016. O Kremlin justifica a decisão com as sanções ocidentais e o aumento da presença da NATO na Europa de Leste. A rutura surge em contexto de escalada nuclear: Putin colocou as forças nucleares em alerta após invadir a Ucrânia, baixou o limiar para uso de armas nucleares e anunciou domingo o teste bem-sucedido do míssil Burevestnik. O fim deste acordo marca o colapso de mais uma estrutura de controlo de armamentos pós-Guerra Fria entre as duas potências.

Aprofundar em fontes escolhidas:

• Europa Press / Putin promulga la salida de Rusia del acuerdo con EEUU para eliminar excedentes de plutonio
• Diário de Notícias / Rússia defende teste de míssil nuclear de longo alcance como resposta ao "militarismo europeu"
• Diário de Notícias / Putin rompe acordo nuclear com EUA sobre reprocessamento de plutónio

Dados

• Acordo previa eliminação de 34 toneladas de plutónio militar por cada país
• Material seria suficiente para produzir cerca de 17 mil ogivas nucleares
• Rússia já tinha suspendido unilateralmente o acordo em 2016
• Lei foi aprovada por ambas as câmaras do parlamento russo
• Putin anunciou domingo o teste final do míssil nuclear Burevestnik
• Acordo foi assinado em 2000 e ratificado em 2011