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🏠💸 Habitação em Portugal: famílias no limite com taxas de esforço a disparar
A habitação tornou-se insustentável em Portugal: comprar casa consome 71% dos rendimentos e arrendar 83%. Em Lisboa, a taxa de esforço ultrapassa os 100%. As famílias recorrem ao crédito ao consumo, que disparou 50% desde 2021, para compensar os custos habitacionais. Apesar dos juros do crédito habitação estarem em mínimos de três anos, os preços elevados mantêm as prestações altas. O Governo acelera pagamentos do PRR e o número de idosos pobres cresceu 58%.
Aprofundar em fontes escolhidas:
- Público / Pagamentos para casas financiadas pelo PRR vão ser mais rápidos
- Observador / Crédito ao consumo dispara quase 50% desde 2021. Subida só abrandou quando juros da casa "apertaram" e, agora, voltou a acelerar
- Público / Beneficiários do CSI cresceram quase 58% em relação ao ano passado
- Público / Juros do novo crédito à habitação estão mínimos de quase três anos
- Jornal i / Taxa de esforço: famílias correm risco de exclusão habitacional
Dados
- Taxa de esforço para comprar casa em Portugal é de 71% dos rendimentos
- Taxa de esforço para arrendar atinge 83% dos salários das famílias
- Em Lisboa, comprar casa exige 108% dos rendimentos médios
- Crédito ao consumo cresceu quase 50% desde 2021
- Juros do crédito habitação caem há 18 meses consecutivos
- Taxa de juro dos novos contratos está em 2,897%, mínimo desde dezembro 2022
- Beneficiários do CSI aumentaram 57,3% num ano, chegando a 228.827 pessoas
- Apenas 6 capitais de distrito têm taxa de esforço igual ou inferior a 33% na compra
Citações
- Muitas famílias acabam por comprometer uma parte demasiado significativa do seu rendimento mensal só para conseguirem assegurar uma casa para viver - Ruben Marques, idealista
- Se este cenário persistir, é expectável que aumentem os casos de sobrecarga financeira e que mais famílias fiquem em risco de exclusão habitacional - Ruben Marques, idealista
- Só assim será possível inverter a tendência de escassez e tornar a habitação mais acessível, tanto no arrendamento como na compra - Ruben Marques, idealista