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🏛️⚖️ Montenegro acusa sindicatos de servir interesses políticos do PCP e PS com greve geral

O primeiro-ministro Luís Montenegro classificou a greve geral de 11 de dezembro como "incompreensível", acusando CGTP e UGT de servirem interesses políticos do PCP e PS. Em declarações na Colômbia, Montenegro foi direto: o PCP quer "mostrar a sua existência através da sua rede sindical na CGTP" e o PS aproveita "alguma preponderância que tem na UGT". O chefe do Governo considerou a marcação "intempestiva e anacrónica", sublinhando que não existe ainda projeto de lei aprovado sobre o pacote laboral. Montenegro destacou os 19 acordos laborais já concluídos pelo seu executivo e que Portugal foi o país da OCDE onde os rendimentos mais subiram em 2024. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa também reagiu, considerando a greve prematura. "A procissão ainda vai no adro", afirmou, prevendo que a lei laboral só será discutida no parlamento no final do ano ou em 2026. Apesar das críticas, Montenegro mantém disponibilidade para dialogar com sindicatos e partidos quando a proposta chegar ao parlamento.

Dados

  • Greve geral marcada para 11 de dezembro por CGTP e UGT
  • Governo concluiu 19 acordos laborais com impacto nas remunerações
  • Portugal foi o país da OCDE onde rendimentos mais subiram em 2024
  • Pacote laboral ainda em discussão na concertação social
  • PSD e CDS-PP não têm maioria parlamentar para aprovar proposta sozinhos
  • Lei laboral só deverá ser discutida no parlamento no final de 2025 ou início de 2026

Citações

  • Estou a falar do Partido Comunista, que quer mostrar a sua existência através da sua rede sindical na CGTP, e estou a falar do Partido Socialista, que também quererá mostrar a sua existência política na oposição — Luís Montenegro
  • Quando a realidade do país não é a realidade dos sindicatos, alguma coisa está mal e não é o país — Luís Montenegro
  • A procissão ainda vai no adro — Marcelo Rebelo de Sousa