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🏛️⚖️ Governo recua em restrições laborais para pais mas mantém reforma contestada

O Governo eliminou da proposta de revisão laboral a medida que dificultava aos trabalhadores com filhos menores de 12 anos recusar trabalho noturno ou ao fim de semana, aproximando-se assim do Chega — único parceiro parlamentar possível para aprovar a reforma. A nova versão mantém a descriminalização do trabalho não declarado, banco de horas por negociação individual e limite de dois anos para horário reduzido por amamentação. UGT e CGTP convocaram greve geral para 11 de dezembro contra o pacote laboral. O MAIS Sindicato classificou as propostas como "enorme retrocesso nos direitos dos trabalhadores", destacando riscos na contratação coletiva, facilitação de despedimentos e maior precariedade. Fernando Medina criticou duramente a reforma, considerando que Montenegro está a meter "o Governo e o país num buraco" com medidas que favorecem "o lado patronal mais tradicional". O socialista destacou como erro grave a descriminalização do trabalho não declarado, lembrando que a criminalização levou ao registo de 300 mil trabalhadores domésticos desde 2021.

Dados

  • Governo eliminou restrições para pais com filhos menores de 12 anos recusarem trabalho noturno/fim de semana
  • Greve geral marcada para 11 de dezembro com apoio de UGT e CGTP
  • Criminalização do trabalho não declarado (desde 2021) levou ao registo de 300 mil trabalhadores domésticos
  • Proposta mantém banco de horas por negociação individual e limite de dois anos para amamentação
  • Chega é único parceiro parlamentar possível para aprovar revisão laboral
  • PS excluído da discussão sobre reforma laboral

Citações

  • um enorme retrocesso nos direitos dos trabalhadores — MAIS Sindicato
  • rapidamente ver o buraco em que está a meter o Governo e o país — Fernando Medina
  • um conjunto de disparates feitos para favorecer as organizações patronais — Fernando Medina